terça-feira, 18 de outubro de 2011

CdA: Agnelli confirma despedida de Del Piero e aumento de capital é conversado.



Dia de reunião do CdA (Conselho de Administração da Juventus) em Lingoto e o presidente juventino Andrea Agnelli falou sobre muitos assuntos, inclusive afirmando que esta é a última temporada de Alessandro Del Piero pela Velha Senhora. Vamos então ao discurso COMPLETO do presidente Agnelli.


"Tivemos hoje a vontade de começar esta assembléia dos acionistas com um vídeo que relembra a cerimônia de inauguração do Juventus Stadium e alguns dos primeiros momentos vividos do ponto de vista esportivo dentro do estádio. Um estádio que represente um exemplo extremamente virtuoso, fortemente desejado desde os anos 90 e realizado entre 2008 e 2011.
Isto é demonstra, e sou testemunha, da visão da parte do Grupo Exor e uma capacidade de investir mesmo nos momentos difíceis, investimento desde 2008 quando o contexto macroeconômico foi drasticamente mudado e iniciou-se a crise nos mercados financeiros que ainda se faz presente. Saber interpretar investimentos, ter uma visão prognostica e levá-la avante é uma grande capacidade que o grupo e este clube souberam cuidar de 2008 até hoje. O estádio representa uma descontinuidade com o passado: Somos a primeira equipe na Itália que realizou tal projeto, alcançando, neste aspecto, os nossos rivais europeus. Creio nestes sinais, neste ponto de descontinuidade, um dos que ligam às antigas casas, o Comunale, o Delle Alpi, o Stadio Olimpico e o Juventus Stadium é o nosso capitão Alessandro Del Piero, ao qual dedico um aplauso pelo quanto desejou permanecer aqui por mais um ano, seu último em bianconero, quando renovou conosco. Desde a minha chegada na Juventus, em abril de 2010, analisei a fundo o clube. Uma necessidade era clara e é imersa subitamente: Fazer o esporte ser o centro da Companhia, e assim, próprio em prol da companhia, ter um forte retorno aos fundamentais. Era momento da Juventus mudar e como disse um grande teólogo "Mudanças não são feitas sem imprevistos, mesmo quando se vai do pior para o melhor". A temporada 2010/2011 foi dificílimo e isto me pareceu claro, tanto é verdade que as várias relações que havíamos publicado, de setembro de 2010, falavam de uma perca significativa por exercícios que fechamos e que hoje fazemos somente com as vossas aprovações. Nestes meses, se recordem, como eu havia anunciado na última assembléia, estávamos estudando um novo plano industrial. Com o passar dos meses na empresa, ficou claro que se deveria falar de uma reviravolta, ou uma alternativa, de um redimensionamento. Trabalhamos duro no ano passado para tampar algumas falhas do passado e planificar o futuro. Daqui nasceu o novo plano quinquenal que aprovamos em junho e que é a base de um aumento de capital que hoje levamos ao vosso conhecimento na parte extraordinária. Um plano quinquenal que no entanto é desligado dos resultados esportivos. Estes, sabemos, são a base da existência deste clube, e este mesmo sabe que tem somente um objetivo: Voltar a vencer. Sabemos, contudo, que o caminho é árduo, que existem diversos obstáculos a frente e nos não queremos iludir ninguém sobre as expectativas como na temporada passada. Temos que percorrer um caminho durante esta temporada e o fizemos. Temos um elenco competitivo mas que deve crescer em atitude, em determinação e na vontade. Mas é um elenco competitivo para conseguir os resultados que fazem parte da tradição desta equipe. O plano quinquenal é um instrumento de trabalho para o grupo dirigente, que traça as prospectivas para o desenvolvimento da equipe, que diz qual a direção que estamos indo e que há na base sete pontos. 
Um é a nova organização corporativa. São talvez os pontos menos visíveis, de difícil avaliação, mas durante o ano passado mudamos quase totalmente a primeira idéia de dirigentes que chegaram até a mim e meus dois administradores gerais. Completamos a renovação do time principal e pudemos definir a campanha de transferências deste ano com os objetivos propostos. Temos um projeto ambicioso, com diversos investimentos na categoria de base, seja em termo de metodologia de treinamento, seja a título de recrutamento de jovens de prospectivas importantes. Temos uma forte atenção a otimização dos investimentos esportivos, para a parte de retribuição do pessoal assalariado e amortização do "poder de fogo", como defini no passado. Temos um novo estádio, que é seguramente um fator preponderante no plano e reforçamos a capacidade de gerar recursos, do qual o ingresso no clube de novos diretores comerciais. E depois, como é justo que seja, temos um atento controle dos custos.
Estes são os objetivos que colocamos e que são a base do plano de desenvolvimento, que é a base do aumento de capital. Mas deixamos o registro: Hoje fomos convocados em assembléia para aprovar o balanço do período 2010/2011, que é o pior da história da Juventus e que acolhe dois fatos: De um lado investimentos virtuosos, como o estádio, que foram computados de 2008 à 2011, mas do outro que quatro anos de incapacidade de renovação da parte esportiva do clube, que tem, como disse no passado, "engasgado o motor". Um balanço que eu já quis definir como "intolerável" pela perda que gerou, mas que é fruto da vontade de manter a Juventus competitiva, que possa aspirar a vitória assim como competia ao longo da sua história. Fomos convocados a assinar um aumento de capital na parte extraordinária da assembléia. Na última semana discutimos, e discutimos também na mídia, da modalidade do aumento de capital: Fazendo referência ao ex-artículo 2447, o qual da luz a uma série de encontros que tivemos com várias autoridades, adotando a versão que aprovamos e deliberamos no Conselho Extraordinário da sexta-feira passada. Ao que se refere ao aumento de capital, de um lado quero agradecer o acionista de controle, o grupo Exor, que já deu suporte ao plano que da sua parte conta com a liberação de tal capital. Do outro, creio que abraço grato particular ao meu primo John (Elkann), pela mudança proposta nasceu também com ele. Assim, um grande "Obrigado" a ele. Em última análise, gostaria que uma coisa fosse clara, nas últimas semanas foram feitas muitas especulações sobre a base da operação. Eu, por esta sociedade (pelo clube), tenho no coração principalmente dois elementos: De um lado a equipe, cujo o projeto esportivo é no centro do papel de dirigente, mas do outro o de torcedor e penso que esta sala de acionistas é também de torcedores. Creio fortemente no potencial deste time de dirigentes que se aplica diariamente, e no nosso novo condutor, Antonio Conte, ao qual foi pedido um grande trabalho e creio na capacidade de realizar este plano e de fazer a Juventus voltar a vencer, chegando e mantendo o equilíbrio econômico e financeiro. Creio muito e estamos todos operando a cada dia para chegar a estes resultados. Espero que todos os acionistas, mesmo os com menos ações creiam neste plano, que sigam-no e que a equipe possa continuar a incluir capital a todos vocês hoje, neste ano e no próximo ano. Espero que também possa encontrá-los aqui de novo nos anos por vir, para não falar de uma renovação profunda, mas os resultados obtidos, e ser capaz de conviver com momentos de alegria".

Discurso marcante... Ave Agnelli.

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