quarta-feira, 6 de abril de 2011

"La Grande Storia della Juventus"


Boa noite amigos.
Através deste blog, gostaria de colocar aqui a história deste clube que amamos.
Fiz a coleta de informações com ajuda de muitos meios, inclusive a série de DVDs que dá nome ao post.

JUVENTUS FOOTBALL CLUB

Também conhecida como Juventus ou Juve, é um clube de futebol de Turim, na Itália.
A Juventus é o clube mais vencedor da história do futebol italiano, vencendo no total 51 troféus. 40 nacionais e 11 internacionais.
É o terceiro clube da Europa e o quinto do Mundo com mais títulos reconhecidos pela UEFA e pela FIFA.
Em 1985, a Juventus se tornou o primeiro clube na história do futebol europeu a ganhar as três maiores competições européias. A “Velha Senhora” como é também conhecida, é uma das equipes que ajudou a fundar o G-14, grupo dos 14 maiores e mais prestigiosos clubes europeus.

HISTÓRIA

O clube foi fundado no dia 1º de Novembro de 1897, por um grupo de jovens da escola de Gramática de “Massimo D’Azeglio Lyceum” em Turim.
As pessoas que decidiram formar o clube tinham a idade entre quatorze e dezessete anos, a idéia veio a mente quando eles estavam sentados em bancos na praça em “Corso Re Umberto”.
Muito pouca documentação existia da fundação e os jornais italianos da época não davam muita importância para a criação de clubes locais. Um dos membros fundadores, Enrico Canfari, escreveu um documento em 1914 descrevendo o nascimento do clube. Os jovens fundadores discutiram muito sobre o nome da nova equipe e depois de uma votação entre os nomes seguintes: “Società Via Fori”, “Società Sportiva Massimo D’Azeglio” e “Sport Club Juventus”. O último foi escolhido pelos fundadores da hoje lendária Juventus.
Seus nomes estão marcados na história:

-Gioacchino Armano;
-Alfredo Armano;
-Enrico Canfari;
-Eugenio Canfari;
-Francesco Daprà;
-Domenico Donna;
-Carlo Ferrero;
-Luigi Forlano;
-Luigi Gibezzi;
-Umberto Malvano;
-Enrico Piero Molinatti;
-Umberto Savoia;
-Vittorio Varetti.


Eugenio Canfari foi o primeiro presidente do novo clube.
No início da história da equipe, as partidas eram disputadas na praça D’Armi in Crocetta, em Turim. Em 1899, o nome da equipe “Rosanera”, como era conhecida na Itália, mudou para “FOOTBALL CLUB JUVENTUS”, mas o uniforme original com maglia rosa e calções pretos se manteve.

 
JUVENTUS ENTRA NO CAMPEONATO ITALIANO

A Juventus fez a sua estréia no campeonato italiano durante a temporada 1900.
A primeira partida disputada pelo clube no campeonato foi no dia 11 de maio de 1900 quando perdeu para o FC Torinese de 1x0 na Praça D’Armi. Na segunda temporada, a Juventus foi melhor chegando na Semi-final após vencer o Ginnastica Torino por 5x0 antes de perder pro Milan Cricket por 3x2.

A equipe decidiu mudar de uniforme em 1903 pedindo para um jogador inglês do clube chamado John Savage se ele poderia ajudar. Savage tinha um amigo em Nottingham que torcia pelo Notts County e enviou para Turim jogos de camisas com linhas pretas e brancas, cujas se tornaram lendárias no futebol mundial com a Juventus desde então.
Nesta época, a Juve mudou também seu campo de jogo para o velódromo Umberto I. Por dois anos em sequência, a Vecchia Signora amargou um segundo lugar perdendo na final para o Genoa CFC. Mas vencendo os em 1905 conseguindo o primeiro Scudetto.

A Juventus construiu um grande time, mas logo após o primeiro título, o presidente da época Alfredo Dick deixou o clube após desentendimento com atletas. Alguns jogadores pensaram em sair e assim Dick decidiu se retirar, fundando o “Foot-Ball Club Torino”, com isso a concessão para também jogar no velódromo Umberto I. O primeiro derby de Turim aconteceu na temporada seguinte, dia 13 de janeiro de 1907 e a rivalidade começou a partir daí.
Deste período até a Primeira Guerra Mundial, o futebol italiano foi dominado integralmente por outros clubes como os também piemonteses Pro Vercelli e Casale. O elenco da Juventus foi refeito após a guerra sob a presidência de Corradino Corradini e muitos jogadores foram chamados para a seleção italiana pela primeira vez. Neste período, o goleiro Giampiero Combi debutou, ele se tornou um herói do time.

A ERA AGNELLI COMEÇA

Edoardo Agnelli, da família Agnelli, donos da companhia FIAT se tornou ‘dono’ do clube, fornecendo patrocínio financeiro em 1923. Eles tinham um estádio particular em Villar Perosa (Sudoeste de Turim) construído e com um completo sistema de facilidades e serviços. Isso se provou uma boa mudança para a Juventus, já que o clube venceu seu segundo Scudetto durante a temporada 1925/26 batendo o Alba Roma na final após um agregado monstruoso de 12x1, os gols de Antonio Vojak foram fundamentais naquela temporada vencedora.

Entre as temporadas 1930/31 até 1934/35, a Juventus colecionou um recorde de cinco Scudetti consecutivos sob os comandos do técnico Carlo Carcano. O grupo tinha jogadores como Raimundo Orsi, Luigi Bertolini, Giovanni Ferrari e Luis Monti dentre outros. Notavelmente, o clube alcançou a semi-final da “Mitropa Cup” antes de perder para os soviéticos do Slavia Praga.

Durante a temporada de 1933, a Juventus mudou-se para o estádio Mussolini, que foi construído no mesmo ano para a Copa do Mundo de 1934, disputada na Itália, com capacidade para 65000 pessoas. O nome do estádio era do primeiro ministro da época Benito Mussolini. Edoardo Agnelli morreu em 14 de julho de 1935, isso afetou o desempenho do clube de diversas maneiras já que alguns jogadores saíram do time logo após a sua morte. Com isso, o clube não conseguiu repetir a efetividade no restante da década de 30, terminando como vice-campeã na temporada 1937/38 perdendo pra Ambrosiana (Atual Internazionale).

Depois da Segunda Guerra Mundial, o nome do estádio foi mudado para Comunale e o filho de Edoardo, Gianni Agnelli, se tornou presidente honorário. 

O clube colecionou mais dois Scudetti em 1949/50 e 1951/52 com os comandos do técnico inglês Jesse Carver. Esse tipo de qualidade se tornou um sinal para o futuro que viria.

Depois, a Juventus contratou o galês John Charles e o Ítalo-argentino Omar Sivori na temporada 1957 para jogar ao lado de Giampiero Boniperti (que estava no clube desde 1946). Esta parceria foi muito boa para o clube vencendo as temporadas da Serie A em 1957/58 e 1959/60 com a Fiorentina terminando em segundo em ambas as ocasiões. Neste ano, a Juventus conquistou também a Coppa Italia. Essa equipe que quebrava recordes se tornou o primeiro clube italiano a vencer dez campeonatos italianos em 1961, em reconhecimento a isso, o clube ganhou o direito de inserir uma estrela dourada na sua maglia. De maneira notável, Omar Sivori se tornou o primeiro jogador da Juventus a se tornar o jogador europeu do ano na mesma temporada.

Quando Boniperti se aposentou em 1961, ele aposentou também o recorde de artilheiro de todos os tempos do clube em todas as competições com 182 gols (recorde que durou 45 anos). O último título desta era juventina foi com o técnico Heriberto Herrera em 1966/67, com o destaque para o defensor Sandro Salvadore.

SUCESSO EUROPEU

A Juventus solidificou seu sucesso numa torre de força no futebol italiano durante a década de 70 vencendo o Scudetto nas temporadas 1971/72, 1972/73, 1974/75 e 1976/77. Treinado na primeira parte pelo técnico Čestmàr Vycpà¡lek, um tcheco que jogou na Juventus e no Palermo. A Velha Senhora construiu uma “máquina de futebol” que levou o time adiante com jogadores como Roberto Bettega, Fabio Capello e o brasileiro José Altafini (conhecido no Brasil como Mazzola), que se tornou o terceiro maior artilheiro da Serie A na história.

Franco Causio se tornou também um jogador muito popular no clube durante a década de 70, na verdade, ele era tão popular que o clube permitiu que o mesmo tivesse cabelo comprido. Antes disso, era contra as regras do clube. O clube também providenciou ternos oficiais do clube, feitos por famosos alfaiates e os forçou a seguir estudos educacionais. Fazendo com isso que jogadores da Juventus que se aposentassem pudesse trabalhar em empregos dados pelo clube ou pela Fiat (ou até alguma companhia ligada a mesma).

Embora a Juventus tivesse sido muito vencedora na Itália, na Europa o sucesso não ocorreu até a vitória na Copa UEFA em 1976/77 contra o Athletic Bilbao com gols de Marco Tardelli e Roberto Bettega e os comandos técnicos foram de Giovanni Trapattoni que continuou com a Juventus até a década de 1980, quebrando recordes do clube.
Sob os comandos de Trapattoni, a Juventus dominou a primeira parte da década de 80 na Serie A vencendo a liga em 1980/81, 1981/82 e 1983/84. O segundo título permitiu ao clube colocar mais uma estrela dourada sobre seu escudo, marcando o vigésimo Scudetto. Os jogadores do clube também receberam notáveis premiações como maior destaque para Paolo Rossi, que levou a Itália à vitória na Copa do Mundo de 1982 vencendo o prêmio de melhor jogador europeu do mesmo ano. O meio campista francês Michel Platini venceu o mesmo prêmio pessoal em três anos seguidos, 1983, 1984 e 1985, um recorde. Juventus é o único clube a ter o vencedor deste prêmio em quatro anos consecutivos.

O auge do sucesso europeu não foi alcançado até o meio da década, quando a Juventus venceu a Copa Européia de clubes em 1985 (Atual UEFA Champions League), vencendo o Liverpool por 1x0 gol de Platini de pênalti. No entanto, o que deveria ser o maior dia da história do clube se tornou um dia marcado pela tragédia que mudou o futebol europeu. No estádio Heysel, morreram 39 pessoas, em grande parte juventinos, foram mortos por “confronto” contra os torcedores ingleses que foi nomeado “a pior hora da história das competições da UEFA”.

Com excessão da vitória do Scudetto de 1985/86 sobre Roma e Napoli, o restante da década não foi boa para o clube. Napoli, Milan e Internazionale brigaram pelos outros títulos da década. Em 1990, a Juventus se mudou para o novo estádio, o Delle Alpi, que havia sido construído para a Copa do Mundo de 1990 e também porquê a Juventus dividia o estádio Comunale com o Torino, que havia sido diminuído de tamanho para as pessoas.

A ERA LIPPI

Marcello Lippi se tornou treinador/manager da Juventus em 1994. Na sua primeira temporada, Lippi ajudou o clube a conquistar o primeiro título desde a década de 1980. Nessa época, o grupo de jogadores tinha nomes como Ciro Ferrara, Roberto Baggio, Gianluca Vialli e o jovem Alessandro Del Piero, que se tornou o sucessor do trono de Baggio.

A Juventus manteve a boa forma e conquistou a sua segunda UEFA Champions League em 1996 na disputa de pênaltis contra o Ajax após um empate de 1x1 com gols de Fabrizio Ravanelli e Jari Litmanem. O pênalti decisivo foi batido por Vladimir Jugović. No momento seguinte, outros jogadores como Zinedine Zidane, Filippo Inzaghi, Edgar Davids e o jovem Thierry Henry se juntaram a equipe. A partir da conquista da Champions League, a Juventus venceu dois Scudetti e uma Super Copa Européia. Entre os anos de 1996 e 1998 o clube de Turim perdeu a final da UEFA Champions League para o Borussia Dortmund em 1997 e Real Madrid em 1998. 
Durante o ano de 1998, o técnico da Roma, Zdeněk Zeman, acusou os preparadores físicos da Juventus de dopar os jogadores do clube da temporada 1993/94 até 1997/98. Após muitas investigações e dois julgamentos na UEFA e Federação Italiana, a Juventus foi inocentada pela Corte Internacional do Esporte em Lausanne, Suiça. Nenhuma substância foi banida nem jogadores da Juventus testaram positivo para qualquer substância proibida.

Lippi deixou a Juventus para os rivais da Internazionale. Retornou para a Juve após um ano e ajudou na contratação de jogadores que entraram pra história da equipe desde então, Gianluigi Buffon, David Trézéguet, Pavel Nedved e Lilian Thuram dentre outros. O técnico comandou a equipe na conquista dos títulos da Serie a em 2001/2002 e 2002/2003. A Juventus fez parte da final italiana da UEFA Champions League no mesmo ano contra o Milan, perdendo nos pênaltis e Lippi saindo e assumindo o cargo de treinador da Seleção Italiana onde venceu a Copa do Mundo de 2006 após uma campanha fantástica que acabou na disputa de pênaltis.

O ESCÂNDALO “CALCIOPOLI”

Em 2004, Fabio Capello se tornou o técnico do clube e liderou o time à dois campeonatos italianos, mas em maio de 2006, a Juventus foi um dos quatro clubes (os demais eram Milan, Fiorentina e Lazio), ligados a um escândalo de manipulação de resultados na Serie A italiana. No centro das acusações estava o diretor geral da Juventus, Luciano Moggi, que foi acusado de influenciar árbitros e uma falsa detenção de um. Nenhum jogador foi acusado de envolvimento. Luciano Moggi, Antonio Giraudo e Roberto Bettega se demitiram no dia 13 de maio da Juventus. Os clubes envolvidos passaram por julgamentos comuns quando nesta época Gianluca Pessotto tentou suicídio se atirando de um prédio do clube, do quarto andar. Jornais da época dizem que foi por causa do estresse do julgamento, o que não se confirmou, e sim por causa do seu casamento.

O técnico Capello foi para o Real Madrid antes mesmo do veredito final. O procurador da federação italiana, Stefano Palazzi, determinou que os quatro clubes fossem punidos com a exclusão da Serie A e a Juventus perdesse os dois últimos títulos. A sentença tirou assim os dois títulos e o clube teve também que começar a temporada 2006/07 na Serie B com pontos negativos enquanto os outros clubes permaneceram na Serie A também com pontos negativos. A punição baixou um pouco após recurso.

Muitos jogadores deixaram o clube após o ocorrido, incluindo o capitão campeão da Copa do Mundo e melhor jogador do mesmo ano Fabio Cannavaro, Patrick Vieira e Zlatan Ibrahimovic foram para a Internazionale por +/- 34,4 milhões de euros enquanto outras estrelas permaneceram leais ao clube como o capitão Alessandro Del Piero, Pavel Nedved, Gianluigi Buffon, Mauro Camoranesi e David Trézéguet que permanecerão pra sempre na memória dos torcedores do clube pelo seu amor à camisa.

2006 ~ PRESENTE

Com estes nomes somados a vários jovens das categorias de base como Sebastian Giovinco e Claudio Marchisio. Os bianconeri conseguiram retornar à Serie A após vencer a B na temporada 2006/07 com os comandos do ex-jogador Didier Deschamps e tendo o capitão Del Piero como artilheiro com 21 gols.

Na temporada de retorno 2007/08, a equipe do Piemonte teve o ex-técnico do Chelsea, Claudio Ranieri no comando e o fez por duas temporadas onde o terceiro lugar foi o máximo conseguido. Após muitas críticas, faltando duas partidas para o fim da temporada 2008/09 se tornou o primeiro técnico da Juventus a ser demitido durante a temporada. O também ex-jogador Ciro Ferrara assumiu e se manteve para a temporada seguinte.

Ferrara se manteve até a eliminação da UEFA Champions League na fase de grupos e Coppa Italia, deixando o time na sexta posição. No fim de janeiro de 2010, Ferrara foi demitido e Alberto Zaccheroni assumiu, mas não contribuiu muito com o time que acabou a temporada em sétimo.

Para a temporada 2010/11, o presidente Jean-Claude Blanc foi substituído por Andrea Agnelli, voltando a dar a torcida um ar de esperança de que a história de títulos volte a se repetir.
O primeiro ato do novo presidente foi contratar o ex-técnico da Sampdoria Luigi Del Neri que foi incumbido de levar a equipe mais vencedora da Itália de volta ao topo. O que não aconteceu até o momento. Pra próxima temporada tudo ainda é um mistério, reforços devem aparecer a qualquer momento, a torcida carente de títulos apóia e sonha... O trabalho segue sendo feito, o resultado aguardaremos mas o certo é que a história do clube JUVENTUS FOOTBALL CLUB é fascinante e faz o mesmo ser um dos mais amados pelo mundo.


Um comentário:

  1. Bona, esplendido! parabéns texto incrivel, comprimiu muito bem e não faltou nada. Forza JUVE!

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