quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Presidente Agnelli dá entrevista sobre decisão do TNAS.


Continua a guerra de palavras e ações entre a Juventus e as instituições 'competentes' sobre o CalcioPoli. Hoje cedo, o presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano, Gianni Petrucci criticou a Juventus por tantas palavras e petições, por isso, Agnelli anunciou uma coletiva para agora a tarde, confira tudo que foi dito pelo presidente:




"Boa tarde a todos. Digamos que se passaram dias intensos e nesta manhã, o presidente do CONI, Petrucci, deu uma declaração que escutei atentamente. É claro que no discurso, todos vocês ouviram, não foi citada a Juventus, mas em algumas passagens é claro o referimento ao clube Juventus e, ao meu meio de ver as coisas, especialmente quando falou de doping legal. Creio que, justamente, fez um comentário e algumas reflexões sobre aquilo que todos sabem, do momento dramático do país. Hoje, toma posse o novo governo, guiado pelo professor Mario Monti e o seus ministros. Creio também que da minha parte e da Juventus, desejamos muita sorte porque sabemos que o trabalho será muito importante. A mim, cabe fazer uma reflexão, que é seguramente muito importante em um momento delicado como este. É muito simples, mas também muito eficaz e creio que a coisa mais oportuna que cada um faça por conta própria: Os dirigentes se façam dirigentes, os pedreiros se façam pedreiros, os funcionários se façam funcionários. Eu sou o presidente da Juventus com grandíssimo orgulho. E como tal, devo tutelar o interesse do clube. 

Hoje, no entanto, o presidente Petrucci fez um apelo muito importante, falou e tentou envolver todos aqueles para reaver uma harmonia e serenidade no mundo do esporte, do mundo esportivo e em modo particular, do futebol de alto nível. Eu creio que seja justo que sempre que uma instituição lance um apelo, temos que saber. O presidente, nas suas várias passagens, lembrou muitas vezes aquilo que é o seu ponto fundamental e isto se refere as regras. A Juventus, pelo que me consta, sempre, e rebato, respeitou todas as regras e continua a fazê-lo. 

Certo é que uma série de eventos desde Maio de 2010 até hoje foram diferentes e é difícil escrever e fazer tudo com o mesmo pincel. A mim agrada, nesta fase, fazer uma pequena digressão daquilo que aconteceu para lembrar certos fatos. 
Tudo começou em Maio de 2010 devido a uma petição que a Juventus apresentou a FIGC com o qual pedíamos para verificar se os pressupostos que deram o título de Campeão da Itália 2005/2006 - Que eu lembrei em outros momentos, pela falta de comportamentos pouco limpos - fossem ainda válidos pelo que aconteceu sucessivamente ao campeonato. Este foi o momento em que nós fizemos o pedido. Este nosso pedido específico é: "A equipe expoente, portanto, tem razão em responder a justiça a revisão deste à Federação sobre a decisão de 26 de julho de 2006, a luz do material probatório recentemente mostrado e já adquiridos no momento da indagação da justiça". O nosso pedido feito em Maio de 2010 tornou-se carta morte por 14 meses. E aqui é a minha primeira reflexão que deve ser feita com a ordem da justiça desportiva: Um processo gigante, se assim quisermos chamar-lo, como aquele que aconteceu em 2006, teve um rumo em menos de quatro meses e levou a pesadas condenações, assim se deve esperar quatorze meses para obter resposta sobre uma petição de oito páginas. Aqui já é a primeira diferença notável, a mim agradaria lembrar que em 26 de outubro de 2010, recebemos da parte da Federação - Cinco meses depois do nosso pedido - uma letra em que nos é comunicado de assumir qualquer determinação em ordem do pedido já avançado com êxito da atividade em andamento. Assim, nós, antes de outubro, sabíamos que a atividade de investigação já estava acontecendo por parte da procuradoria federal. Esta é a carta que recebemos da Federação, e nós - como sempre lembro - sempre fomos extremamente credores do bom funcionamento e do bom êxito da parte dos órgãos de justiça desportiva.

Passamos então a esta carta que recebemos em outubro... Vimos claramente diversos tratamentos informais mas mesmo assim permanecemos crentes, contudo, somente em 1 de Julho de 2011, quase oito meses depois, que chega a relação do procurador Palazzi. E, coincidentemente, a poucos dias do fim das prescrições dos atos contestados. Gostaria de lembrar das coisas que dizia a relação de Palazzi e vos leio algumas passagens: "... Uma notável relevância disciplinar para os elementos objetivamente emergentes da documentação recebida no presente procedimento, resulta que também, a única equipe na qual confrontos possam, em hipótese, derivar concretas consequências no âmbito esportivo, mesmo que indiretas em respeito aos êxitos nos procedimentos disciplinares, como já foi mencionado na introdução desta medida, como será especificado mais tarde... em uma rede de relações a fim de influenciar a arbitragem. Intervirem próximas das partidas contra a Inter e que objetivos da mesma são os árbitros e assistentes estejam ligados com tal equipe. Em relação a tais partidas, a Inter se põe como interlocutora privilegiada da definição de um árbitro, etc...". Chegando a conclusão, onde o procurador Palazzi retém que "A conduta em questão são de molde a integrar os princípios além da violação de que os artigos 1, n. º 1, do Código de justiça desportiva, mesmo objeto de extensão referida no artigo 6 º, n. º 1 do Código de justiça desportiva, como certamente destinadas a garantir uma vantagem na classificação geral em favor do clube Internazionale mediante condicionamento do funcionamento regular da arbitragem e da lesão dos princípios da alteridade, neutralidade, imparcialidade e independência que deve necessariamente conotar a função da arbitragem anterior em violação do artigo 6 º , n. º 1, 2, etc .. ". Este foi o relatório do procurador Palazzi, que como disse antes, veio poucos dias do fim do prazo das prescrições dos atos probatórios.
Neste ponto, é claro que a história neste ponto não deve virar política, tanto que é pedido ao Conselho Federal para expor o mérito da relação do doutor Palazzi. Gostaria de lembrar que até aquele dia, até 18 de Julho, nós fizemos, como é justo que seja e como é justo que deva ser, como lembrou hoje o presidente Petrucci, totalmente confiantes sobre aquilo que era de ordem desportiva. Respeitamos todas as regras. Quando o Conselho decidiu não decidir, nós devemos pensar sobre qual é o melhor modo para tutelar os interesses da Juventus, e somente quando o Conselho, que tem todos os poderes para rever uma decisão do mesmo Conselho - O Comissário extraordinário em si, fecha-se com todos os poderes do Conselho Federal, com isso, o Conselho Federal tem a possibilidade de rever uma decisão do mesmo... - E só neste momento, quando o Conselho se declara incompetente, que nós decidimos usar todos os instrumentos legais à disposição para tutelar a Juventus em cada sede. Gostaria também de lembrar, com a máxima serenidade e máxima tranquilidade, que os instrumentos legais, previstos da justiça jurídica italiana, são as mesmas da fé e dos princípios da justiça desportiva italiana que é setor do superior tribunal da justiça italiana. Por isto é com grande serenidade que considero e chamo para as regras da parte do presidente Petrucci. O respeito das regras deve ser sempre para todos. Passamos para um alto grau da justiça desportiva, o recurso ao TNAS. TNAS que se declarou incompetente ontem, mas não é tanto sobre ser competente ou não... Mas como vocês sabe, o processo do TNAS prevê também a possibilidade de conciliação entre as partes. E justamente o presidente Petrucci falou de doping legal. Eu era o único presidente presente no TNAS nesta possível conciliação, tanto a FIGC quanto a Internazionale mandaram os seus advogados com os mandatos.



Dito tudo que eu achava um deve, porque é verdadeiro e correto concordar com o fato de que o clima esquentou demais do ponto de vista legal, no entanto, é justo também ser racional porque da nossa parte não foi superaquecido mas sim de que seguiremos em uma série de passos a procura da resposta da justiça desportiva.
O presidente Petrucci hoje fez um apelo e o fez justamente a todos nós para darmos um passo avante. Então, eu peço ao presidente Petrucci e ao novo presidente do esporte e turismo, o doutor Pieto Gnudi, a quem desejo uma boa sorte no seu cargo, de dar um passo avante com todos juntos e para abrir de verdade, e finalmente, uma mesa política onde de discutiria os fenômenos desde 2006 e onde se possa, serenamente, pesar e tirar justas conclusões a luz dos fatos imersos de 2006 até 2011. De outro, concentrar os nossos esforços - eu digo como instituição, como clube, como pessoa que recebeu uma grandíssima educação esportiva, que é ser presidente de uma equipe de futebol, que é ser conselheiro da Federação Italiana de Golfe - De onde podemos misturar os esforços ara criar um futuro ao esporte italiano de modo particular, como disse o presidente Petrucci - O futuro do futebol de alto nível, que gosto de lembrar, é uma das dez primeiras indústrias italianas e uma das maiores contribuintes do Estado italiano. Quando digo isso, quero dizer, em particular, as leis sobre instalações desportivas que são firmes, a Lei 91/81, que é obsoleta, a Lei Melandri, que busca um princípio de igualdade, gerou um princípio difícil de gerir; a reforma do código de justiça desportiva. Estes são alguns exemplos onde o mundo do esporte deve girar sobre uma única mesa e de levar avante o crescimento. Esta mesa dá a possibilidade de mostrar as vontades políticas da parte de todos, para gerar a harmonia e serenidade que deve existir no mundo do esporte. Eu sempre disse - e aqui vou de encontro ao Presidente Petrucci novamente - creio que o futebol, como os outros esportes, é um jogo e sempre lembro de vê-lo em toda parte, acima de tudo quando meninos jogando nos parques. Por fim, é justo saber que no alto nível, o mundo do futebol é um negócio de muitos milhões de euros e é necessário ter leis adequadas que o regulem.


Obrigado, estas são as reflexões que gostaria de fazer com vocês hoje".


Looooooooooongas mas importantes palavras do presidente Agnelli. 

O presidente do CONI, Gianni Petrucci, e Massimo Moratti, presidente da Internazionale, disseram após as palavras de Andrea Agnelli, presidente da Juventus, que são favoráveis a abertura de uma mesa para discussão.

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