sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

CalcioPoli: Revelação de jornal reforça tese bianconera

Na edição de hoje do jornal Corriere dello Sport, uma entrevista foi publicada e está dando o que falar. A entrevista foi com um dos investigadores do caso CalcioPoli, que penalizou Juventus e outros clubes em 2006, que todos já conhecem. Pois bem, de acordo com o senhor (que pediu para seguir no anonimato), o CalcioPoli é mesmo um 'FarsoPoli'.
"Eu dico a verdade, a maior parte dela. É um negócio feito, um pouco forçada, Houve telefonemas, que se for ver efetivamente os jogos ditos 'alterados', onde o árbitro influenciou, não existem. Nem nas partidas que falam como alteradas. Se falou de Lecce x Parma, do árbitro De Santis, essa me "foram colocadas no meio". É se vangloriar, isto queriam fazer. Eu penso, de verdadeiramente importante, que deveria ter sido analisado nestes cinco, seis anos... Não tem nada. Depois pensem na excessiva quantidade de vezes que falavam de Moggi, isso tudo bem, era o período em que ele era arrogante, prepotente. Mas daí chegar a... Precisavam mostrar que era uma associação. Ele, só ele (Moggi) fez associação? Por isso é outra coisa, é uma questão de prestígio, de carreira".
"Me contataram em outros jantares: Auricchio, Arcangioli, Narducci e outros personagens que marcaram aquele período do CalcioPoli. Em qualquer caso, me perguntaram que importância poderia ter comer com Narducci. Fui jantar em Napoles, na frente do Vesuvio, no Castel dell'Ovo... da Zi' Teresa. E os investigadores não estavam juntos".
"Disseram que não tinha nada de penalmente relevante, Arcangioli. Disse: Basta. Ali começou a briga com Auricchio, chegaram as vias de fato. Arcangioli queria parar com as buscas. Eram quinze os responsáveis, vinte para esta coisa, e o motorista, que andou sempre conosco em Napoles. Não era uma sessão com sessenta pessoas, nem levaram quinze, os outros fizeram o trabalho todo". 
"Não, não houve nenhum arrependimento".


Particularmente interessante as palavras sobre as ligações suíças:"Quando intercepta uma ligação de outra nação, no caso suíça, deves pedir autorização. E eles o que fizeram? Pediram, nas no mesmo tempo, já ouviam tudo sem dever. Mas destes telefonemas não falaram. Em quinze dias, destas ligações não falaram nada". A ligação era de Luciano Moggi, não se falava nada, telefone mudo. E como se controlasse este telefone e depois ficaram um mês nestas ligações. ZERO. E então esta coisa das interceptações foi um pouco anuladas porque não tinha autorização".


Sobre o estranho caso de Manfredi Martinho:  "Manfredi Martinho (Ex-secretário das ligas A e B). Quando mostramos o ofício, ele morreu, parecia um cadáver, tremia, tinha medo... Dizia: "Eu não sei de nada, não aconteceu nada, jamais...". E chorava sobre seu posto de trabalho... "Como faço, não posso trabalhar mais, devo descansar...". Depois de um tempo, Martino foi trabalhar na FederCalcio... Quando começou a ser interrogado, falou improvisando da história das bolinhas. Isto que vos digo: É lícito e compreensível da sua parte, umas coisas menos... Antes não se sabia de nada, depois sabia-se de tudo, sabiam disso, daquilo, de Pairetto, da Fazi..."

Ontem, o ex-árbitro Paolo Dondarini apresentou um recurso pedindo o uso das ligações que simplesmente foram 'canceladas' pela comissão julgadora (oficialmente).



A diretoria juventina e seus advogados, até os de Luciano Moggi, sempre disseram que muitas ligações simplesmente foram 'deixadas de lado' pela procuradoria responsável pelo caso.
Coisas devem vir à tona.


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