terça-feira, 21 de agosto de 2012

"Agora falo eu". A entrevista de Conte a Gazzetta dello Sport.

A terça-feira começou interessante para os bianconeri. O jornal Gazzetta dello Sport conseguiu uma entrevista exclusiva com o técnico Antonio Conte, o que é bom para o treinador dar a sua palavra, contando o seu lado sobre o que está acontecendo em torno dele. Confira o que foi dito pelo técnico bianconero.
"Se tem uma coisa que eu não faria, se pudesse voltar atrás, é aceitar a contragosto o acordo por uma suspensão menor. Não se faz acordo mesmo se os advogados te aconselham a fazer porque é uma oportunidade mas os riscos são altos. Foi um erro. Certo, não admiti nada, mas faria uma coisa diferente. Mesmo hoje, se tivesse a certeza de apenas três meses de suspensão, a minha resposta seria não. Sobre um fato concordo com os julgadores: 90 dias não é uma pena justa. A justá é ZERO: Não fiz nada ilícito, nem omiti denúncia. A maioria não conhece os fatos. Espero que depois desta entrevista, até o meu pior inimigo tenha as suas dúvidas".

"Se tenho a confiança nos juízes que avaliam o recurso? Sim, estou convicto que lerão as cartas com atenção, evitando uma injustiça. Tenho a consciência tranquila, não penso que quem me acusa possa dizer o mesmo. Erro ou estamos falando de um ex-jogador que admitiu ter forçado resultados por anos? Por caridade, o fenômeno das apostas no futebol deve ser punido, mas não pode suspender uma pessoa deste modo, sem nenhum confronto. Qualquer um pode se levantar e falar que alguém disse isso ou aquilo e isso fica. Nos julgadores tenho confiança, no sistema não. Uma passagem é fundamental: Se por absurdo eu tivesse matado alguém, o torcedor bianconero estaria pronto a me defender mas isso vai além das facções. Quero que as pessoas entendam, quando a procuradoria terminaram as investigações, penso que a federação de futebol deveria usar as regras atuais do processo esportivo sejam respeitadas pela defesa de algum contratado em prol de si e dos clubes cotados na bolsa pela maneira em que são prejudicados em imagem".

"O que eu fiz quando ouvi meu nome associado a isto pela primeira vez? Quase comecei a rir. Tudo mudou com a busca de materiais na minha casa. As minhas duras palavras contra a procuradoria de Cremona? Somente eu seu a dor que experimentei naquele dia. Não estava em casa mas a minha filha pequena e a vó dela estavam. Sabe o que disse um policial a minha sogra que perguntava o porquê? "Pergunte ao seu genro o porque". Disse assim, de maneira quase acusatória. Não fazendo nada, não poderei nunca dar uma resposta a minha sogra. Os advogados me explicaram que era um ato necessário, mas isto não fechará uma ferida que permanecerá aberta por toda a vida".

"O procurador di Martino disse que a minha posição (indagado por associação) deveria ser arquivada? Não tendo achado provas, a lógica implica isso. A justiça deve ter uma lógica. A história ensina que os nomes excelentes alavancam o valor do caso para aliviar quem acusa".

"Por quê Carobbio decidiu inventar as acusações sobre os jogos contra Novara e AlbinoLeffe? Por quê li neguei a permissão de ver o nascimento da filha? Até aqui não acho uma resposta. Certo. Se voltasse atrás, pensaria com mais atenção àquele pedido. O parto é um momento importante na vida de um casal. De acordo com Carobbio, anunciei o empate combinado durante a reunião tática, diante de toda a equipe? Acusação insensata: Faria isso e seria ridículo diante de 25 jogadores? O próprio Carobbio se refere ao meu discurso como intenso e cheio de motivação. E depois eu diria pra ele e só pra ele "Então empataremos"? Não tem fundamento".

Gervasoni entende que a partida com o Novara foi combinada por alguns jogadores antes do início. Carobbio dá a mesma versão em Cremona e depois diante de Palazzi muda e acusa.
"Me deixem explicar uma coisa importante: Duas pessoas entendidas como confiáveis contam coisas diferentes sobre o mesmo jogo. Não tendo um confronto entre as partes, uma versão anula a outra. E depois Carobbio continuou a mudar as suas declarações como um camaleão, de maneira enriquecedora como lhe definiu Palazzi. O último ajuste chegou, olha só, três dias antes da minha audiência. Carobbio na verdade não é um colaborador e sim alguém que está se defendendo. Se queres, posso dar exemplos. Diz a Palazzi que interrompeu a ligação com os eslavos dizendo que em Siena não queria combinar as partidas e na verdade se contactava com eles, antes mesmo dos jogos, com um cartão telefônico. O seu meio condutor é claro. Depositar a atenção em outros, sem esquecer que fazia das suas também em Bari".

"Para a procuradoria de Cremona são 8 partidas suspeitas do meu Siena? Se não tive dúvidas? Não só não tive como mostro uma coisa. Temos que entender aquilo que é o meu relacionamento com a equipe e colaboradores: Não sou amigo dos jogadores, os papéis são bem distintos. Sempre tiveram um temor que reverenciavam no confronto. É um relacionamento intenso, mas funcional a um objetivo. Fora do campo, cada um tem a própria vida. Por isso este tipo de notícia não podia jamais se confirmar e assim será no futuro. Se alguma coisa aconteceu, será nas minhas costas".

"Stellini aceitou o acordo e para a justiça esportiva eu não podia não saber? Eu fiquei com um álibi diante desta motivação: Não confirma nada. É uma separação de papéis que explica as coisas. Stellini me deixou no obscuro porque sabia bem qual seria a minha reação. É verdade, tenho um caráter difícil. Por algumas vezes me ajudou. E no entanto... Se estou desiludido pelo que fez Stellini? Fiquei muito irritado com Cristian. Me desagrada o perder como assistente. Está vivendo um momento difícil. Se demitindo demonstrou um senso de responsabilidade. Do ponto de vista humano, o afeto permanece, é claro que o seu comportamento me deixaram em situação de dificuldade e prejudicado".

"Palazzi me contesta por colocar Mastronunzio fora do time porque supostamente teria se recusado a 'dar a vitória' ao AlbinoLeffe? Carobbio diz que eu teria associado os jogadores as escolhas de fazer ou não a combinação? Mastronunzio não era titular desde março por escolha técnica e nas últimas partidas não podia usá-lo por lesão. Quanto a segunda acusação, tudo cai aos montes: Dos movimentos entre Stellini e Carobbio não sabia nada. Sobre o que deveria discutir?".

Os procuradores Salvini aposta nos ditos dos jogadores? A mentalidade errada e consciência de 'dar' os jogos no final da temporada são terrenos férteis para os ilícitos?
"Quando os objetivos são alcançados, o relaxamento é natural, mas isso não quer dizer permitir aos criminosos de dominarem o futebol. Se a frase "melhor dois feridos do que um morto" foi infeliz? Se a frase for levada para uma situação desportiva, onde qualquer equipe de maneira autônoma busque um resultado que a agrade, tudo bem. Agora, se a entendemos como um resultado planejado, é inaceitável".

"SuperCoppa e Troféu Berlusconi são um bom início? Começamos com o pé certo. Vencer aumenta a consciência e enriquece o comando. O scudetto na maglia dá responsabilidade mas é natural na Juve. A Champions? Queremos ser competitivos em todas as competições".

"Contente pela campanha de compras? Por enquanto sim. Fizemos aquilo que programamos. Agora temos que completar o time. Quem prefiro entre Llorente e Dzeko? Tenho sintonia com Marotta. O top player não deve ser pelo custo. Alguém chegará".

"Mazzarri afirma que um conhecedor de futebol não pode jamais considerar a vitória da Juve justa em Pequim? Cada um vê do seu modo. Digo que a Juve atual é inspirada em Mazzarri. Se podem copiar os números mas certamente a mentalidade é diferente, o modo de encarar a partida, a vontade de ser proativos ao princípio de jogo. Devo continuar?".

"Zeman? O espero. Verei o veredito do campo".

"Se falou da minha demissão e divisão no clube? Na tristeza do caso, o grande aspecto positivo é que todo o interno do clube me foi humanamente próximo, me dando apoio em cada momento. Jamais pensei em me demitir e nem John Elkann, o presidente Agnelli, o diretor Marotta pensaram nesta hipótese".

"Se sábado iniciará também o meu campeonato? Rebato mais uma vez, confiando nos julgadores. A minha presença na audiência era também um sinal de respeito a eles. Cheirei o ar deste processo, escutei os meus advogados e a contraréplica de Palazzi. Daquilo que escutei, estou muito sereno e confiante: Contra o Parma conto de comandar o time do banco".

Entrevista da Gazzetta dello Sport para esta terça-feira.

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